segunda-feira, outubro 04, 2010

A superfície

"To be nobody but yourself in a world which is doing its best, night and day, to make you everybody else means to fight the hardest battle which any human being can fight; and never stop fighting."

E.E. Cummings


O peso dos costumes e trends deixa-me, por vezes, sonegado.

Tenho vontade de ultrapassar a superfície onde habita o conformismo acrítico e voltar a respirar livremente.


Ser cru, genuíno, dizer o que penso, omitir o que penso por mero tacto e não por pressão, gritar, rir, um rir vivo e sentido.

Cada vez mais é difícil fugir a este ciclo que nos oprime e nos força.

Como resposta, este mundo inventou algo tão genial quanto tortuoso: a rebeldia pré-concebida e instantânea. Observo muita rebeldia ordenada e contida, pertencendo a cânones tão ou mais rígidos e catalogadores do que aqueles que querem combater.

Perante este paradoxo não posso deixar de sorrir e continuar a tentar furar a superfície. O ar puro é alcançável.

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