The Rope - Prémio de Melhor Curta-Metragem no Festival de Cinema de Seattle em 2005.
A câmara de Philippe Andrê filma sublimemente as cordas que nos amarram (e se impõem) no nosso devir.
A dureza do amor, o peso que suportamos do outro, sem termos as mais das vezes, espaço para escolha.
É confortável atar-nos uns aos outros na esperança que nos carreguem, que nos façam avançar. Na esperança de sermos intocáveis perante a solidão.
Todavia, as nossas escolham ganham vida própria e acorrentam-nos com violência, impedindo-nos de respirar, de escolher o nosso caminho, de existirmos totalmente.
A esperança reside em descobrir, no turbilhão que turva a individualidade, que podemos existir juntos, de mão dada, lutando contra todos os perigos que invariavelmente se abatem sobre nós.
Escolhendo livremente cordas passíveis de se desatarem sempre que queimem a pele para lá do que é a dureza do caminho.
1 comentário:
Adoro a nova "roupagem"! Muito mais apropriada à fase em curso ;)
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