terça-feira, junho 10, 2008

O Mensageiro



Hoje fui interpelado por um mensageiro do amor
pelo menos assim se intitulou.
Falou-me tão suavemente de sensações
dispêndios de energia
e desígnios
que não vislumbro há já tanto tempo...

Contou-me histórias (ou seriam estórias?)
de vidas passadas e futuras (como se as conhecesse!)
Assegurou-me que os céus haviam descido à Terra
e que a excepcionalidade se havia fundido com o quotidiano.

Rude vilão!

Pudesse eu acreditar no que sussuras ao meu ouvido
e acabaria como todos os marinheiros:
enleados por um qualquer canto de sereia até à perdição.

Sugado.
Despojado.
Vazio.

1 comentário:

ATG disse...

A foto que colocaste no post não é a da Sereia de Copenhaga, mas com algumas vestimentas?